Como costurar pano esgarçado e dele fazer tecido novo.
Como ver no fundo do poço escuro os medos e quão rasos eram todos os temores.
Como exercitar com leveza o que estava paralisado,
Pássaro que chacoalha a umidade de suas asas e alça vôo,
rumo ao céu turvo atrás do qual sempre estará o céu, tão claro e limpo.
De lado eu deixo o que deve ficar de banda,
De frente encaro tua realidade súbita e indelével,
De todo modo amo tudo que em ti vejo
E meu coração salta como se salta do ônibus andando,
Movimento somado a movimento,
Corpos, palavras que se entrelaçam,
Fonte de onde bebo em grandes goles minha vida.
São Paulo, 18 de junho de 2012
No comments:
Post a Comment