Como a alga em que me enredo quando nado em meu mar primordial,
algo a cantar fundo em mim
com esta voz que teimo sempre em reconhecer,
substância concreta ao alcance de mãos que não a toca,
alamedas de árvores crestadas
esperando uma improvável primavera,
labirintos de barbantes invisíveis e um monstro lá dentro a esperar calado,
vulcões jamais extintos à espreita,
sombra minha que um dia há de me matar.
São Paulo, 15 de julho de 2012
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