Há aves destinadas ao abate em pleno vôo.
Há pássaros que despencam dos galhos em súbitos desmaios,
Aturdidos com a delicadeza do rufar das folhas.
Há espécies canoras, cantando para o empetecado desfrute dos ingênuos
em suas ingênuas excursões ao campo.
Há as penas violentadas na rapina,
Na lei natural das coisas dos livros de biologia.
Há curiós assobiando de dentro de gaiolas o hino nacional.
Meu coração não desiste.
Ainda não chegou a minha hora.
São Paulo, 30 de julho de 2012
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