Friday, January 26, 2007

Imaginemos

Imaginemos que tua sede está longe de saciar.
Que eu me tornei uma água desejada, ainda que agora indigesta.
Mas que continuarei correndo, como cachoeiras, quedas d’água, meras gotas, colírio a semprer querer banhar teus olhos.
E continuarei brotando no fluxo espesso do gozo,
Te banhando toda de branco.
Imaginemos que tua pele possa receber meu toque e meu despejar de amor sobre ti.
Ou fingimos que nada imaginamos nestes lençóis sedentos de amor.

Zé Eduardo
Brasília 26/01/2007

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