Thursday, August 09, 2007

Minha mulher

Minha mulher nada ao molhe
De atracamentos infinitos.
Barcos deslizam ainda que em sargaços,
O território rude
Dos monstros que a visitam em
Tardes de borrasca,
E esta sua natureza
Espanta este cinema tenso de naufrágios,
Esta crueza que me desabita
Quando com ela estou.
E de deixar que a vida assim seja
Eu vejo a fábrica e os tecidos imensos
Que o amor apenas com suas cores
Há sempre sempre de tingir.

São Paulo, 9/8/2007

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