Friday, August 17, 2007

Virei poeta



















Virei poeta,
ou melhor, virei poeta,
apenas tão mais provocantemente cutucado pela vida e as palavras.
Não tem sobrado pedra sobre pedra,
mas por que preciso de pedras a não ser como lápides,
peso a se amarrar na cintura em uma visita definitiva ao rio?

Preciso é de balões de festa,
de preferência daqueles que flutuam,
que subam ao céu até explodir na pressão insuportável.

Eu me ando a cada passo,
e a cada passo desando meu andar.

Nem mais perplexo consigo me encontrar perante a vida.
Ela é que deve andar perplexa comigo.

11/5/007

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