Hoje eu posso dizer quanto te amo,
Tranqüila luz de um trenzinho.
Estou liberto e o vento me oferece travessura.
Tenho a certeza da pedra nos corpos dos suicidas.
As cartilhas me ditam:
Vovô viu (não viu?)
a vulva.
Esta página me manda:
Escreva ou te devoro.
Eu não ando com fome de nada.
Eu olho o pastel do lado do caldo de cana,
Paisagem que nada lhes acrescenta.
Os dedos dão nós nos escafandros.
Na algas o fundo do fundo do mar.
.............
E não tem peixe.
Hoje tão tem peixe de jeito nenhum.
Hoje tem só resquício de espinha,
Tilápias bagres baicurus,
Sorte toda (e azar) de criaturas.
................
Sobe a maré nas margens do ribeirão.
Sobe a maré na praia tilintosa d'onda,
Credo cavaco vem com a onda
Que eu mal posso acreditar.
Meu pais é o épico de Ulisses,
E tanto a reescrever e
a fazer caber em resmas de papel ofício.
(zé eduardo)
bsb 1/5/2007
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