O rabanete é a prova mais cabal da existência de Deus.
Colhi teu vermelho em uma horta improvável
e o provei com a cristalina essência do branco,
mulher na qual a casca é o interior
onde pele e profundidade se misturam.
Assim aprendi o be-a-bá inédito dos sentimentos,
aprendi a entrega, as noites delirantes luminosas
de céu de teimosas estrelas, sempre na infinita trajetória,
negando os buracos negros que a tudo traga.
Assim sempre te adivinho,
tua magritude circular, teus recônditos silêncios
sempre a me dizer do tudo que ainda és não mais sendo.
E de teus nossos necessitarmos
como a polinização dos ventos
dos quais brotam flores inenarráveis.
Zé Eduardo, 24/01/2008
Sempre intensos, sempre lindos...
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